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Um santo cuja memória incomodava Henrique VIII

Martírio de São João Becket (Foto: Wolfgang Sauber)

 

Foi particularmente feroz o procedimento contra a memória de Tomás Becket, só pelo temor de que seu exemplo pudesse arrastar outros a opor-se à autoridade espiritual do rei. A 24 de abril de 1538, Tomás Becket foi citado formalmente para que comparecesse em juízo e desse conta de si. Como o santo, depois de trinta dias, empenhasse em não sair de sua sepultura, onde descansava havia três séculos e meio, o Rei, por graça, concedeu-lhe um defensor. Tomás foi declarado culpado de rebelião, de contumácia e traição. Seus ossos foram queimados, as preciosidades de seu sepulcro confiscadas para o tesouro real, e se anunciou a todos os súditos, por ordem do Rei, que Tomás não era santo, mas um rebelde e traidor, e que, portanto, se devia apagar seu nome, sua memória e destruir todas suas imagens (WEISS, vol. VIII, p. 934)

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